Wandrei Braga

A mim não venha dizer a quem amar, por favor! Suplico aos céus ventania para escancarar as portas e janelas A mim não venha dizer o que amar, por favor! Derrame suas lágrimas do lado de fora, já tenho com que me afogar. O tempo acha que pode comigo, não pode! Eu não passo! Marte acha que me pertence, a Lua pensa que enfeitiça Só ela que sim O sol não queima mais a partir das cinzas Então por favor não torture seus raios A música perfeita? Ainda não fiz! A música adequada agora? A fúria em presto do Verão de Vivaldi Ou a inquieta sonata 27 # 2 Mov 3 de Beethoven, servem! Ninguém para pra você respirar... Vá e não me chama... de volta... Fure um buraco e encha de sono Os sonhos são profundos mergulhos na esperança Depois enterre tudo junto com o que você pensa! A inconsciência é o estado mais fértil Enlouquece no que poderia ter sido Vibra em alta frequência, são cores nunca vistas Entorpece os sentidos quando nada faz sentido O amor é a desculpa, a muleta, o ab

O sono se abre de repente e cai um estrela na minha mente...  A cama se treme toda com medo do mundo e me desperta do sono profundo...  Lá fora ouço o silêncio da escuridão reclamar aos gritos de solidão...  Aqui dentro, entro pra dentro!

Quando alguém lhe mostra o universo de perto, entende que o tempo está mais perto daquilo que se vê do que se sonhava.  Quando a gente perde o que tanto sonhava, percebe que o sonho deixa de ser sonho no memento que este alguém te acorda.  E quando isso acontece somos lançados no espaço onde nem a beleza da Lua e nem a companhia das estrelas preenchem o que agora está vazio... 

No duelo das opiniões a razão é um escudo de papel. Vence quem conseguir viver feliz com suas próprias verdades, e perde todos aqueles que se incomodarem com isso!

Bom mesmo é quando a gente vai pra cama com o dever cumprido de ter conseguido ou pelo menos tentado transformar todos ou quase todos os momentos do dia em bons momentos, porque quando a gente fica sozinho são, muitas vezes, essas lembranças que nos fazem companhia. Bons momentos para todos nós!

E do que se trata o que aí está? Arrisco em dizer: tudo não passa de um grande teatro, um grande espetáculo e até mesmo, um grande circo! TUDO é faz de conta, onde os atores se misturam com autores, sentados na platéia ou brilhando no palco bem iluminado pelas luzes da mídia. Povo, público, polícia, parlamentar, pintados, político, paternalistas, partido,  platéia democrática, uns aplaudem outros por enquanto não. O jogo do certo e errado, que brinca em julgar e condenar sob um amontoado de condições interesseiras que chamamos de leis não passam de estrume, quando muito servirá para apodrecer o solo para novo! Maria Madalena e Judas. As penas são de dar pena!!! Que pena? Para punir? Para corrigir? Os cães nos corrigem melhor! Para nos defender? Presídios nos protegem melhor quando nós estamos do lado de dento deles! Justiça com as próprias mãos? Só se for para empunha-las ao redor do pescoço, mas a covardia não irá permitir a morte de mais um hipócrita. Para nos governar? Algu

Foto: Wandrei Braga/2014 Lua danada, Linda de noite, linda de dia, Pela metade ou inteirinha Deixa amostra sempre uma beirinha Lua encantada enluarada Apaixonada enfeitiçada Maestrina das águas Regente das estrelas Sua luz é música pra quem sente E sua existência, para os corações, é um presente.

Acho que virei contador!  Eu conto as horas No trabalho eu conto municípios, Pontos, Médicos, etc  Eu conto o que tem e o que não tem na minha conta Eu conto canecas  Eu conto notas musicais, conto compassos, conto notas repetidas, conto bemóis e sustenidos e pausas... Eu conto as bolinhas magnéticas Eu conto as flores no meu jardim Eu conto os minutos pra estar com meu amor  Eu conto eu conto eu conto  Eu até conto coisas pra minha mãe Eu só não conto aquilo que eu não dou conta, e é por isso que não dou conta do que não é da minha conta, e não conto! 

A linguagem, o formato, a estética e o colorido são estímulos, a essência está em outro lugar, mas o mais importante é a transformação que acontece depois, em cada um.