EU SÓ QUERIA


Eu só queria acreditar no sorriso das pessoas
Que este gesto encantador possa refletir o que temos de bom e não o contrário

Eu só queria que a beleza externa servisse de capa para o que verdadeiramente for belo
E que pudéssemos olhar primeiro para alma antes mesmo de olhar para fora dela.

Eu só queria ser menos sensível para deixar de sentir tantas coisas e viver mais enganado pelo coração
E deixar o coração mais a vontade, mais livre e menos responsável pela minha vida

Quisera eu ser atendido, ouvido pelo destino ou compreendido pelo acaso
Quisera eu ser vítima de mim mesmo quando ao menos, posso apenas ser eu

Agora já aprendi, será?
Não, não se aprende a não acreditar na pureza elementar de nossa essência
O que está formado aqui está! Por isso não é possível rejeitar o que nos forma, pois simplesmente não seríamos nós mesmos

Eu só queria que o Senhor do tempo derramasse mais areia sob um determinado tempo
A mesma areia que amolece o solo, esfolia a pele, faz marcas profundas e revela o reflexo.

Eu só queria ser menos ingênuo sem deixar de ser bobo.
Eu só queria ser bobo sem deixar de viver.

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