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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

As pegadas que o mar levou

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       (leia ouvindo a música)  O mar que levou para dentro do seu ventre o que mais precioso eu tinha, também levou consigo aquilo que eu pensava ter. O mar que varreu para fora do meu destino, também pode trazer de volta areias reviradas, pelo tempo. O mar que leva para dentro dele tirando de mim as pegadas presas na areia, pode até levar consigo as pegadas, mas ali, haverá sempre areia molhada, encharcadas de lembranças. O mar que leva para dentro aquilo que não é seu, deixará na arei, um dia. E para dentro permanece tudo aquilo, que a ele, sempre pertenceu. As pegadas que o mar levou... (música de Claudio Santoro: Paulistana Nº1)

Vontade...

Vontade de viver apenas com minhas doces ilusões, acreditar nelas e me entregar para sempre ao que nunca existiu. Vontade de me sentir criança, mais criança e achar tudo engraçado do lado de fora, e ficar sorrindo para mim mesmo aqui do lado de dentro. Vontade de ter o inexistente, sentir o que nunca mentiu, acreditar no que jamais pensou, enxergar o invisível no seu olhar vazio, amar o fútil sentimento de ficar juntinho e derramar lágrimas secas na imensidão do meu querer. Porque o choro de um coração vazio ecoa na solidão, e o choro de um coração cheio é só um choro de saudade. Vontade de ter outro coração e desse fazer colcha de retalho. Apagar na alma as dores e deixar somente as alegrias no espírito. Vontade é algo que dá e passa. Passa? Vontade só passa quando a gente mata. Matei a vontade de beijar o meu amor e a vontade passou. Vontade de beijar o meu amor, vontade. 

Quando Um toca o Outro

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Adeus fiel companheiro, de tanto tempo, de doze eras, de cada segundo e de cada instante. Ninguém talvez esteve tão perto e tenha sentido o quanto você sentiu, dos meus lamentos, minhas alegrias, meus estudos, minhas tentativas, minhas aventuras, aspirações e inspirações. Muito obrigado por estar comigo até hoje, pela dedicação mesmo que estática, porém com muita presença de alma e acolhimento, nas noites mais difíceis nunca me senti sozinho ao seu lado. Nada substitui nada, porque és insubstituível na singularidade de suas características, nas suas peculiaridades e na intimidade existente quando um toca o outro. Desculpa por ter descarregado em ti minha ira descontrolada que só você controlava. Após doze anos hoje dormiremos separados, talvez para sempre, mas estaremos eternamente ligados pela nossa história e bons momentos. As músicas que nasceram em ti, contigo permanecerão também para sempre. Siga em frente e onde quer que esteja continue instigando a música, provocando a