Vontade...

Vontade de viver apenas com minhas doces ilusões, acreditar nelas e me entregar para sempre ao que nunca existiu.
Vontade de me sentir criança, mais criança e achar tudo engraçado do lado de fora, e ficar sorrindo para mim mesmo aqui do lado de dentro.
Vontade de ter o inexistente, sentir o que nunca mentiu, acreditar no que jamais pensou, enxergar o invisível no seu olhar vazio, amar o fútil sentimento de ficar juntinho e derramar lágrimas secas na imensidão do meu querer.


Porque o choro de um coração vazio ecoa na solidão, e o choro de um coração cheio é só um choro de saudade.
Vontade de ter outro coração e desse fazer colcha de retalho. Apagar na alma as dores e deixar somente as alegrias no espírito.
Vontade é algo que dá e passa. Passa?
Vontade só passa quando a gente mata. Matei a vontade de beijar o meu amor e a vontade passou.
Vontade de beijar o meu amor, vontade. 

Comentários

@ disse…
Caro amigo Wandrei,

Não sabia que, além de pianista e designer, você também é um cultivador das letras!
Parabéns por toda a sensibilidade contida em suas palavras!
Mas, afinal, o narrador do texto já tem ou está à espera de um amor?

Abraços,
Luciano.

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