O Silêncio


Ouço o eco do meu inconsciente ruflar como tambores enlouquecidos na apoteose de meus pensamentos reprimidos.
Quanto barulho o silêncio faz.
Quando a noite cai e os olhos se fecham simulando a temporária morte da consciência, abre-se a cortina daquilo que escondemos durante o dia e temos que enfrentar que realmente somos, porque somos o resultado do que pensamos e fazemos consciente e inconscientemente. Porque a noite também é uma farsa, manto de sombra meramente sem luz que se aproveita da luz em direção oposta para fazer brilhar o que sempre esteve lá.


O silêncio se aproveita do que não arde, do ócio de atenção, e deixa escapar a mente tudo aquilo que escondemos de nós mesmos, pensamentos aprisionados, julgados e condenados pelo consciente que muitas vezes nem nos pertence.
O sono é a linha tênue entre os mundos, onde se permite a criação do sonho, e quem garante o tamanho do sonho quando percebemos apenas alguns momentos da vida real?


E que vida real queremos para sonhar?
Porque o sonho é o único mundo onde o silêncio não existe, o mundo real.

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